quinta-feira, 19 de maio de 2011

Centro de Memória Fluminense

Na terça-feira  10/05 este blogueiro esteve no 1º piso da Biblioteca Central do Gragoatá, no Campus da UFF, onde há 15 anos funciona o Centro de Memória Fluminense.
A tarde estava chuvosa e algo fria; o Campus está em obras, com novos prédios sendo construídos, muitos tapumes e a circulação para pedestres e automóveis bastante alterada.Isso, entretanto, não impediu que um grupo de aproximadamente 25 pessoas lá estivesse para testemunhar o encerramento de uma fase da existência do Centro. Maria José da Silva Fernandes ( Zezé, para os amigos), sua bibliotecária-chefe, cedida em 1996 pela Biblioteca Nacional, retorna à Casa de origem, com a tarefa da implantação e organização do Centro de Memória cumprida com excelência.
Em seu lugar assume o bibliotecário Antonio Carlos Marones de Gusmão, auxiliado pelo bibliotecário Luiz Antonio Lopes David e, no momento, pelas estagiárias Nastassja Alonso Navano e Juliane Fraga Severino.
O roteiro do evento foi o que se segue:

1. Entrega do catálogo da Coleção Nelson Pereira Rebel ao seu filho Sr. Sandro Pereira Rebel

2. Palavras do Sr. Sandro Pereira Rebel

3. Entrega do DVD com as obras de José Mattoso Maia Forte ao seu neto Sr. Fernando Bormann Mattoso Maia Forte

4. Palavras do Prof. Emílio Maciel Eigenheer

5. Assinatura da autorização para reprodução e distribuição do DVD pelo Sr. Mattoso Maia Forte

6. Palavras do Sr. Fernando Bormann Mattoso Maia Forte

7. Apresentação da Coordenadora de Microrreprodução da Biblioteca Nacional, Vera Lúcia Garcia Menezes, parceira na produção do DVD

8. Entrega da 2ª edição do catálogo da Coleção Gilberto Emílio Chaudon ao seu filho Henrique Chaudon

9. Entrega do catálogo da Coleção Nemécio Calazans ao Sr. Carlos Mônaco

10. Entrega do catálogo da Coleção César de Araújo, à sua viúva Eda Lúcia Damásio

11. Apresentação do Relatório de Gestão set.1996/abril 2011.

O Centro de Memória Fluminense funciona de segunda a sexta-feira, de 9:00 às 20:00 h.
Vale a visita e  a divulgação.










Link para fotos do evento: https://picasaweb.google.com/hchaudon/CMF2
Link para o Relatório da Gestão 1996/2011:http://picasaweb.google.com/hchaudon/GestaoCMF


Centro de Memória Fluminense arquiva coleções raras sobre Niterói e Rio9/8/2010

O Centro de Memória Fluminense (CMF) da Universidade Federal Fluminense, por abrigar coleções raras de personalidades niteroienses, surgiu em forma de centro documental com intuito de reunir e proteger o acervo composto por importantes obras relacionadas ao Estado do Rio de Janeiro, com foco no município de Niterói. Disponível ao público, hoje o acervo engloba temas generalizados.

Criado em 1992, o CMF teve sua primeira coleção composta por obras de Carlos Mônaco, famoso livreiro niteroiense, que reuniu diversas pesquisas sobre a cidade e do Estado do Rio ao longo dos anos.

Outros renomados autores e pesquisadores também fazem parte do acervo, que já tem cerca de 30 mil peças (dentre livros, publicações periódicas, folhetos, fotografias, postais, mapas, plantas, CDs, partituras e manuscritos). No acervo, áreas de história e literatura de autores fluminenses são referência para os pesquisadores da comunidade niteroiense em geral.

Dos seus 13 conjuntos de obras particulares, o CMF também disponibiliza acervo pessoal composto por pequenas coleções. É o que explica a bibliotecária e chefe do setor, Maria José Fernandes. Ela, que está na UFF há 14 anos, diz que pesquisadores da universidade ou da comunidade niteroiense muitas vezes enviam estudos para compor o acervo.

Entretanto, Maria José atenta para o campo das pesquisas. “Damos foco às pesquisas relacionadas ao Estado do Rio, mas principalmente ao município de Niterói. Temos a intenção de preservar a memória local.” Ainda de acordo com a bibliotecária, essas obras doadas são reunidas em um acervo pessoal, separadas das coleções particulares, pois estas compõem obras raras e recebem tratamento diferenciado.

Dentre as raridades, estão coleções de autores como Julio Pompeu de Castro Albuquerque, Nilton Brasil Alcântara, Rodolpho Villanova Machado, que fizeram a história do município com olhares de cidadãos. Datadas na década de 1920, as primeiras publicações sobre a história de Niterói retomam o crescimento da cidade. A chefe do Centro de Memória Fluminense considera que ali o acervo está bem protegido. “Niterói é uma cidade que guardou pouquíssimos registros documentais ao longo dos anos. O centro tem a boa função de cuidar da memória que restou para que a sociedade conheça mais a história do seu lugar de origem”, afirmou.

Maria José Fernandes considera que a proposta desse centro documental difere das bibliotecas tradicionais, embora faça parte da Biblioteca Central do Gragoatá (BCG) da UFF. “Nós viemos com novas ideias. Embora o CMF funcione como uma biblioteca em termos de pesquisa, em que é permitida a consulta por parte da comunidade, nós promovemos amostras e exposições com base naquilo que temos de material.” Além disso, a chefe do Centro de Memória Fluminense informa que cadernos especiais também foram lançados, com objetivo de agregar ao acervo as campanhas realizadas pelo próprio setor. “Além de o pesquisador encontrar livros raros e estudos antigos, ainda pode ver nosso trabalho impresso e editado”, pontuou.

Com o acervo rico em diversidades, a bibliotecária afirma que boa parte da comunidade que vai em busca de auxílio no CMF é formada por pesquisadores e alunos de diversas áreas do conhecimento. “Recebemos visitas principalmente de pesquisadores, não só de Niterói, mas de todo o país. Muitos estudantes também buscam informações específicas sobre a região.” Dentre assuntos como geografia e história de Niterói e do Estado do Rio, Maria José garante que educação ainda é o tema mais procurado pelos estudiosos.

Para fazer uso dos materiais do acervo, o pesquisador pode comparecer, das 9h às 20h, ao Centro de Memória Fluminense, localizado no 1º andar da Biblioteca Central do Gragoatá, Campus do Gragoatá, São Domingos, Niterói. Segundo a chefe do CMF, não é permitido fazer empréstimos das obras nem reproduzir em cópias os livros do acervo. Ela preza a conservação dos materiais e diz que o atendimento no local é bastante funcional. “Sei que muitos pesquisadores gostariam de levar livros para casa e estudar com mais calma. Mas algumas regras foram estabelecidas tanto para obtermos controle como para proteger o material do acervo. Mas não somos burocráticos. Tentamos ajudar da maneira mais ágil”, finalizou. 



Fonte: UFF Notícias Núcleo de Comunicação Social NUCS